quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Thor - O Mundo Sombrio

"Sempre tão perceptível sobre todos, menos sobre si mesmo."
Frigga, em conversa com o filho Loki


          Em 2011, Thor estreou rodeado de promessas e expectativas. O resultado, porém, foi regular. O filme de origem do herói se revelou genérico, deixando a incômoda sensação de que não passava de um caminho obrigatório na estrada de Os Vingadores. Agora, com a super equipe já consolidada nos cinemas, mostra-se um alívio notar que o Marvel Studios se preocupou em dar ao público uma aventura bem mais digna do Deus do Trovão.

sábado, 7 de setembro de 2013

Batman #14 (Agosto/2013)

"Se você é um detetive bom o suficiente, pode conseguir prever qual vai ser o próximo movimento deles. Mas com ele... tudo que dá pra fazer é reagir. E esperar enquanto escolhe seu próximo alvo."
  James Gordon, sobre o Coringa


          O Coringa está de volta e, nesta edição, a segunda parte da saga Morte da Família mantêm a força do capítulo de estreia, publicado em Batman #13 (de julho). A excelente parceria entre Scott Snyder (roteiro) e Greg Capullo (arte) continua a render belas histórias. Após um ano desenvolvendo o ótimo arco da Corte das Corujas, a dupla dá um passo mais ambicioso, mirando seus esforços no retorno do palhaço do crime. Destaca-se, também, o sempre competente conjunto de cores de FCO Plascencia, que nesta edição contribui absurdamente com o tom agourento e meio macabro envolto no retorno do vilão.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Além da Escuridão - Star Trek

"Isso é claramente uma operação militar. É isso o que somos agora? Pois eu pensei que fôssemos exploradores!"
Scotty


          Uma missão de 5 anos que está prestes a se aproximar dos 50. Seja pela atual necessidade de Hollywood em reaproveitar seu passado, seja pela qualidade intrínseca do material, Star Trek retorna aos cinemas, em sua primeira aventura após o recomeço da franquia em 2009. De imediato, vale estabelecer um paralelo com outra recente produção quinquagenária: os filmes de James Bond. Estranha comparação? Nem tanto: assim como o Operação Skyfall de Sam Mendes, Além da Escuridão - Star Trek mostra-se produto do clássico 'adapt to survive', buscando moldar-se ao atual mercado, ao mesmo tempo em que luta para preservar sua essência, apoiando-se, para tal, na auto referência.
          Muitas são as alusões a elementos do cânone de Jornada (até Mudd é citado!). Contudo, aqui, a proposta não é meramente simbólica, mas também fundamental para solidificar o argumento chave da atual fase da série: essa é uma realidade paralela! J.J. Abrams e sua trupe arquitetam uma conexão impecável com um clássico longa do grupo, digna de arrancar lágrimas dos fãs; mas ao mesmo tempo reafirmam o novo ritmo imposto à franquia,  ratificando uma grande frustração dos apaixonados por esse universo: o novo Star Trek é muito mais uma ação no espaço do que, de fato, ficção científica.

domingo, 14 de abril de 2013

Oblivion

"Vocês são uma equipe eficiente?"


          Em 2010, Joseph Kosinski foi o responsável por trazer de volta à vida o fantástico universo de Tron. E apesar da morna recepção de O Legado, tudo indica que o diretor tomou gosto pelo gênero. Sem as amarras de estar ligado a um universo pré-existente, Kosinski adentra, em definitivo, os delicados campos da ficção científica e entrega, outra vez, um filme visualmente impecável. Mas... e quanto ao conteúdo?

domingo, 27 de janeiro de 2013

Django Livre

"D - J - A - N - G - O. 
O 'D' é mudo."


          Django Livre chega aos cinemas como mais um exemplo da característica assinatura de Quentin Tarantino, que desta vez debruça sua atenção sobre os faroestes. O amor do cineasta pelo gênero fica claro logo nos créditos iniciais, onde sua meticulosidade em  fazê-los aos moldes de antigamente já prepara o clima para o espectador. Vale ressaltar o enorme simbolismo de ver o nome de Ennio Morricone nestes mesmos créditos, já que o compositor foi grande colaborador de Sergio Leone, responsável pelos mais emblemáticos filmes do gênero.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

As Aventuras de Pi

"Obrigado, Vishnu (deus hindu), por me apresentar a Cristo"


          De bate-pronto, a primeira coisa a ser dita sobre As Aventuras de Pi é, certamente, a seguinte: O filme representa, de longe, uma das melhores utilizações da tecnologia 3D até aqui. Em 127 minutos de projeção, o chinês Ang Lee alia um incrível deleite visual à uma tocante história de vida, utilizando-se da mesma para discutir difíceis tópicos como crença, fé e religião.
          A delicada relação entre pai e filho - tema recorrente de seus longas - é novamente abordada. Pi, garoto protagonista do longa, cresce em uma Índia que se desenvolve em meio a transformações sociais e transborda diferentes culturas. Diante das constantes mudanças, seu pai lhe impõe uma criação firme, mas valorosa. Mostra-se interessante notar, inclusive por meio dessa relação, como Lee nos proporciona um filme menos carregado, apesar de altamente significativo. Toda a densidade de obras como O Segredo de Brokeback Mountain e Hulk (2003) é suavizada para dar lugar à reflexões essencialmente filosóficas.