"Não há força na Terra mais poderosa que a vontade de viver."
Com essa frase, encerra-se o trailer de 127 horas. E por mais clichê que a mesma soe... ela acaba por mostrar-se, no filme, como a mais pura verdade. Danny Boyle entrega, novamente, uma obra sincera que dosa com excelência tanto o apelo artístico quanto o comercial.
A trama, baseada em uma história verídica, acompanha o alpinista norte-americano Aron Ralston, o qual, em uma fatídica manhã de Sábado, viu-se preso por uma rocha na desolada e profunda região dos cânions de Utah.
Assim que o filme começa, o diretor já bombardeia o público com a correria da cidade. Algo não muito diferente dos conturbados cenários indianos de Quem Quer Ser Um Milionário, último filme de Boyle. Porém, fugindo de toda aquela bagunça, o público depara-se com Aron Ralston. Nitidamente alguém que aparenta aproveitar a vida, que busca novas experiências e que acha paz na vastidão solitária dos cânions. O que fica comprovado quando uma das meninas que cruzam seu caminho diz: "Ah, você é um daqueles...".