domingo, 13 de março de 2011

House - Balanço da 7ª Temporada (Ep. 1 - 11)

Atenção: O texto a seguir contêm informações referentes às sexta e sétima temporadas do seriado. Siga por sua conta e risco. 
          House está feliz. Uma ideia aparentemente improvável, mas que serve de premissa para a sétima temporada do seriado. O pôster de divulgação da nova fase do médico apenas ratifica tal fato, assimilando o personagem a um palhaço, em todos os sentidos que essa palavra proporciona, é claro. Com o tenso final da sexta temporada, no qual foi preciso um prédio desabado e a morte de uma paciente para juntar House e Cuddy, a sétima temporada inicia-se com o propósito de explorar as consequências dessa união. Mas após 11 episódios transmitidos, o que esperar desse relacionamento e do futuro da série?
          O primeiro episódio, acertadamente nomeado "E agora?", foca-se em mostrar o casal aproveitando o namoro. Porém, já no segundo, a série comete o mesmo erro da temporada passada: reintroduzir rapidamente o médico em sua rotina, prosseguindo com a fórmula do 'caso da semana'. A única novidade reside no fato de House ter de controlar sua indisciplina, já que agora ele namora a chefe. Esse novo status rende impagáveis momentos cômicos, mas também outros mais sensíveis. Afinal, como não se sensibilizar ao ver a filha de Cuddy se aninhando no colo do médico ao final do décimo episódio?
          Contudo, desde a quinta temporada, mostra-se visível a dificuldade da série em inovar-se. Naquele período, apesar de bons episódios, o que se viu foi mais do mesmo. Já na sexta, os realizadores simplesmente perderam a grande oportunidade de explorar a insanidade mental do protagonista, resumindo sua estadia no hospital psiquiátrico a apenas um episódio duplo. Nota-se a predileção da recente temporada, assim como a de sua predecessora, de dar ênfase não ao caso em si, mas às reflexões geradas pelo mesmo.
          Entretanto essa sutil mudança não é suficiente para revitalizar a falta de novidade da série. No fim do dia, por mais bem feito e emocionante que seja o episódio, o público já está familiarizado com a falta de fé do personagem  ou com sua descrença nos pacientes...
          A saída improvisada de Kutner e a ausência temporária de thirteen é apenas outro fator que colabora com a queda de rendimento do seriado, já que eram esses os contratados mais interessantes de House, sobrando, da nova equipe, apenas um desinteressante Taub...
          A avaliação geral da primeira metade do sétimo ano é positiva. Destacam-se, nesta temporada, os episódios dois, sete e onze. Contudo, fica a sensação de que o seriado já passou sua mensagem. O público permanece e, certamente, permanecerá fiel, graças, claro, à essa figura tão singular que é House, pois como dito no próprio material de divulgação da série: Ele é muito mau. Mas você o ama mesmo assim
          Para encerrar, faço minhas as palavras do próprio Hugh Laurie: "Eu só espero que a gente saiba a hora certa de parar."
          Sinceramente, por gostar tanto da série, não a estenderia além de uma oitava temporada. Se até mesmo House está tentando acertar-se com a própria felicidade, que outras temáticas poderiam ainda ser exploradas?

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Abraço!

Um comentário:

  1. Adoro House, mas infelizmente parei de assistir a partir do 8º episódio da sexta temporada. Não me lembro o porquê de eu ter parado de assistir, mas não consegui acompanhar mais.

    A saída de Kutner realmente não foi uma coisa boa porque, como você disse, ele e a Thirteen eram os melhores contratados. Nunca gostei muito do Taub. Agora que você mencionou a ausência temporária da Thirteen (algo que eu não sabia), vejo que este foi um dos motivos de eu ter ouvido falar que a série perdeu um pouco sua força.

    Isso de os roteiristas não se aprofundarem muito no psicológico de House também é um pouco decepcionante. Lembro que não gostei muito desse episódio duplo que mostrou ele no hospital psiquiátrico, exatamente por ter sido uma "passada por cima".

    Abraço,
    http://www.brazilianmovieguy.blogspot.com/

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